terça-feira, 3 de setembro de 2013

TÉDIO...


TÉDIO 

Passeia na sala solitária. As paredes a abraçam
Na escrivaninha o sorriso no retrato, espia.
A televisão muda. As recordações a embaraçam
Destoando tortuosamente sua fantasia.

Ronda absorta... As lágrimas no olhar embaçam
A tomar espaço, na solidão da casa vazia.
Retumbam seus passos tristes e a amordaçam,
Apoderam-se da casa fazendo-lhe companhia.

Desbotada pintura na sala fria, se revela fatal.
O tempo corre ligeiro no relógio, e a perturba.
No olhar de tristeza, perdido no tédio quedou.

Desbotadas dores de tristeza, no ato crucial.
Pontuando horas silenciosas, feito tumba.
Naquela tarde melancólica que findou.

Belém, 18/04/2010 – 19h38 - Obra: Entre Versos 

ANGEL



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