domingo, 9 de dezembro de 2012

TUA VOZ





TUA VOZ*

Meus pensamentos criam asas
Quando do teu amor falas
Amor imenso,Amor intenso
Nas tuas palavras flutuo
Quando ouço tua voz.

Nadando nos teus galanteios
Sou a sereia, sou tua princesa
No meu coração árido ainda semeias
Grãos de Amor
Quando ouço tua voz.

Aos poucos o teu Amor
Vai conquistando-me
Teu rosto eu delineio tão distante...
Mas tua voz te cria e recria
Quando falas tão mansamente
Tão apaixonadamente
Quando ouço tua voz.

Os meus dias ficam perfumados de jasmim
Minhas madrugadas solitárias
Encontram guarida em ti
Sinto que não estou só
Sinto-o tão próximo de mim
Quando ouço tua voz.

Belém, 13/12/05 – 13h37.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ENCONTRO D'ALMAS






  

ENCONTRO D’ALMAS

Quando nos fitamos o sol se fez
No brilho que refletiu em nosso olhar
Não sei se meu rosto enrubesceu
Mas no teu senti o rosado se espalhar.

Havia palavras no silêncio que desceu
Entre nós naquele bendito lugar
Passávamos pela tarde que envaideceu
Naquele encontro feito ondas a debruçar.

O crepúsculo tingiu d’oiro meus cabelos
E no teu corpo a luz d’oiro resplandeceu
Ali parados a emoção jogou seus apelos
E então nos abraçamos, e o beijo aconteceu.

Sentimos o coração bater em nosso peito.
E que um para o outro, tínhamos sido feito.


domingo, 25 de novembro de 2012

SEM DESASSOSSEGO



SEM  DESASSOSSEGO

Quando meu amor me abraça
No meu olhar não há tristeza
A solidão para longe passa
Quando o meu amor me beija.

O nosso amor é sol e espalha
Raios de ternura com a certeza
Que sei que seu desejo me caça
Quando o meu amor me beija.

Jogo fora a minha melancolia
Jogo fora as poeiras das tardes sombrias
Não as quero a penetrar em meu peito.

Aninho-me ao meu amor, em nosso leito.
E sinto-me acalentada pela sua voz rouca
Sem desassossego, colho o mel de sua boca. 

Belém, 18/08/2011 – 21h29

domingo, 11 de novembro de 2012

MINHA PRISÃO





MINHA PRISÃO 

A chuva cai-me em prantos
A despedir a tarde que sufoca
A destoar dos desejos tantos
Os caminhos que suporta.

Ontem aflorou teu amor em canto
Auspicioso sabor que conforta
A judiar-me com teus encantos
Na doce ternura que muda a rota.

Não percebi que não tinhas receio
De abordar meus sonhos de ilusão
Abriguei-me nos teus galanteios
Sem ter a lucidez da prisão.

Hoje... Embalo a desilusão feito folha
Não há amor em quem fez sua escolha.

Belém, 06/02/2011 – 18h25min


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

CAIXA DE GUARDADOS





CAIXA DE GUARDADOS

Estou a desfiar meus sonhos
Nesta caixa de guardados
Agora eu não sei onde ponho
Ou se os deixo encaixotados.

Não sei se os decomponho,
Em largos sorrisos acanhados
Ou se deixo virá pó enfadonho
A arranhar suspiros amarelados.

Mas... Vou tirar as amarras sim!
Deixá-los seguir em revoada
Feito pássaros meus coloridos.

Só eu sei quanto tempo sofri!
Por tê-los em baixa temporada
Hoje! Não os quero mais contidos!


Belém, 03/04/2011- 19h46




sábado, 20 de outubro de 2012


OUVE MEU CHAMADO




Porque não ouves aquém teu nome chama?
Deixando em desalinho este coração
Porque esqueces aquela que te ama?
Quando somes, deixando-a na indecisão!

Porque tantas vezes retornas como chama?
No coração a incendiar-lhe de ilusão!
Porque dizes adeus e depois dizes que a ama?
A confundir o sentimento perdido no coração.

Mas haverá um dia em que não mais te esperará
Haverá um dia que a saudade não mais fará morada
E no coração a porta aberta não mais terá.

Então, saberás o Amor infindo que não deste valor.
No dia que tua ausência não significar mais nada
Pois perdeste aquela que muito só soube te dar Amor.




LANÇAMENTO DO MEU ROMANCE " LUANA"  NA BIENAL DO LIVRO-SÃO PAULO. AGOSTO/2012



AMOR CRISTALINO*

Sei que um dia o Amor vai chegar
E então estarei de coração aberto
E nessa hora sentirei decerto
Que finita minha espera será.

Nesse innstante vou sentir se espalmar
Dentro de mim cada vez mais o efeito
De um infinito inundando o meu peito
Num céu de brilho estelar.

Não sei o tempo, nem a hora...
Mas envolver-me-á tão somente
Este amor nos braços sem demora.

Sentir-me-ei pronta para amar
Esquecerei meus medos de outrora
E enfim... Irei me apaixonar.

Icoaraci, 16/10/05 – 23h20







NA BIENAL DO LIVRO EM SÃO PAULO - AGOSTO/2012









SUPLÍCIO

Quando as asas da noite
Envolvem os pensamentos
Criando nuvens sombreadas de Dor...
Á sombra da Dor
Abre-se a porta da desilusão.

Na minha retina as figuras retorcidas
Da minha solidão revoam...
Tropeçando em meus passos
Torturando-me...
Deixando suas marcas em minha alma...

A tristeza vem acordar
Com lentas e constantes batidas
As lembranças... De meus medos
Até então enfurnadas
Em baús enferrujados.

Ah! Vida minha que esvai-se
Tecidas nas teias da desilusão
Mergulhando – me na tristeza
Em espaços infindos da loucura
A ressoar apenas os passos da minha solidão.

Ó noite! Levanta voo e deixa...
Deixa que o dia pouse... No meu coração.

Belém, 05/09/06 – 13h55.


sábado, 7 de abril de 2012

TARDIA ILUSÃO


TARDIA ILUSÃO 

E fôste os meus sonhos levando
E teus passos a ressoar em mim
Foste com a tarde quebrando
Largando meu amor. Eu senti.

O teu sorriso amarelado deixando
Nas palavras destoadas pelo fim
As nossas juras esqueceste quando
O elo foi quebrado, jogado, por ti.

Ainda vi um lampejo em teu olhar
Que ficou grudado no meu semblante.
Por um momento deixou-me a pensar...

Que não era tu que indo... partias
Na tardia ilusão daquele instante
Que, era eu meu amor... Que morria. 

Belém, 25/06/11 – 16h55
 ANGEL

PÁSSARO CANORO



PÁSSARO CANORO 

Procurei-te entre as estrelas
Num céu infinito estelar
Talvez estivesses entre elas
E eu... entre elas a te procurar.

Fui entre as ondas ergue-las
Afundei no impetuoso mar
Talvez estivesses entre elas
E eu... entre elas a te procurar.

Nas veredas entrei como perdida
Nas folhas que chiavam pendidas.
Ouvindo a natureza sussurrar.

Ó pássaro canoro ouvi teu canto
Deste-me flor para secar meu pranto
E despiu-me as sedas com teu olhar.

Belém, 27/08/2011 – 14h39 
ANGEL

sexta-feira, 9 de março de 2012

DESEJOS MEUS




DESEJOS MEUS

Acalento o desejo de ser amada
Desejos de sentir tua alvorada
Ser sorriso de sol nas tuas manhãs
E neste enlevo ser tua cunhatãn.

Fazer parte da tua caminhada
Ao teu lado a cada passada
E vestir de primavera louçã
Os sonhos teus: é meu afã.

Desejos estes que fazem morada
E andam penetrando pelas frestas
Deste coração que bate sem temer.

A esperar que em alguma jornada
Os teus passos encontrem a desta
Que desejos tantos tem, de te querer.

Belém, 29/05/2010 – 17h40
ANGEL

MEU PORTO



MEU PORTO  

A cada vez que em ti deixar... penso
E dizer que não! Eu não te quero!
Que teu amor para mim não é sério
Vens com meneios ferir meus argumentos.

E diante da tua ternura eu dispenso
Minha razão, sem esperar que seja sincero
Esse teu amor. E neste entregar eu não espero
Que vá desfiar-se em ausências, me convenço!

Então, entrego-me despojada no teu desejo
Entrego-me neste amor que me consome
Sem lenço, sem amanhã, que eu sonhe!
Esqueço tuas partidas, nas juras do teu beijo.

E vivo o hoje, na sedução do teu corpo...
E vivo a ilusão, de que teu amor é meu porto!

Belém, 20/07/2011 – 21h24 
ANGEL

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ARROIOS DE ALEGRIA




Perderam-se meus arroios de alegria
Na escassa ausência de teu bem-querer
Ficaram enferrujados de tanta apatia
Ficaram apenas musgos a crescer.

As rodas do teu amor estão vazias
Sem tua vitalidade veio a pender
Cobriu-se de erva daninha a polia
Desgastou-se vindo a se perder.

Dos meus arroios nada sobraram
Ficou um instrumento sem uso
De desgosto que ficou perdido.

O fogo do amor as chamas apagaram
Restaram cinzas em mim... concluo
E no ar ficou... Meu último gemido! 

Belém, 13/04/2011 – 21h11m 
ANGEL





VERDADE DITA

  


Na curva dos anseios derramados
Trazem à baila frases no vento soltas
Não há doce no fel na taça despejado
Nas palavras que saíram da tua boca.

Sorvi o mel amargo, amargurada.
No coração trazendo tristeza louca
A embotar a ternura germinada
Quedou-se por terra à face treslouca.

Saí a caminhar, o peito arquejante.
Tranquei-me no quarto de dor vestida
A desilusão no coração meu, cingiu.

A soabrir fechadas veredas de antes
Daquele que fingiu amor, saí ferida.
Pois na sua verdade dita, só mentiu.

Belém, 08/10/10 – 21h00
        ANGEL

domingo, 19 de fevereiro de 2012

No SESC/ DOCA - Homenagem da biblioteca do SESC à escritora no dia dos comerciários.




BEBI SEM PUDORES 

Senti o teu desprezo feito chibata
Em açoites no coração despido
Senti n’alma, o peito ferido
Sangrando horrores no fel da taça.

Bebi sem pudores, sem graça
Sem olhar o que me era servido
No teu silêncio enfurecido
Entreguei-me, feito o lenho na brasa.

Mas que fiz eu meu Senhor!
Que só a ti dei tanto amor!
Para que me deixes sem explicação?

Não respondes aos meus apelos...
Mesmo que te implore, de joelhos?
O teu silêncio é a prova, da tua negação.

Belém, 21/08/2011 – 23h10

        

ÁGUAS DA QUIMERA




ÁGUAS DA QUIMERA 

Entraste como riacho manso cantante
A deslizar suavemente entre as serras
Vi águas cristalinas a correr inebriante
Murmurejando no pedido que fizera

Embalaste esta com frescor pujante
E doei meus versos feito vitória-régia
Abrindo-se nas águas da quimera
No teu riacho entre nenúfares resplande.

Mas senti-te triste, como pássaro perdido
Nas entrelinhas de um poema que deixou
Mas que seja por ora este temor sentido.

Ó Senhor! Porque em teus versos ternura há! 
E afastou a tristeza que na distãncia ficou
Naquela que nas lembranças criou asas p’ra voar.

Belém,  01/11/2011 – 20h33     



ALGUM LUGAR

ALGUM LUGAR

Sinto que estou mais e mais a penetrar
Neste teu jogo, deixando-me apaixonada.
Quando penso em sair, fugir estou atada,
A você, que me chama e retorna a me abraçar.

Retrocedo, afundo, neste mar a navegar.
Afogo-me com teus beijos-desejos e mais nada
Possui-me teus sussurros, sinto-me amada.
E retorno aos teus afagos, sentindo-me flutuar.

Neste teu jogo, envolvida pela tua voz.
Faço coisas que a razão desconhece quando sou
O coração que em tuas promessas, acreditou.

Acredito nas tuas juras, quando estamos a sós,
Que há um Amor entre nós, que não desiste,
De que um dia, em algum lugar só nosso, existe.

Belém, 19/6/10 – 14h32

 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

INDRISOS Nº 42


INDRISOS Nº. 42


Voraz sequidão desce na terra do sertão
Irradia intenso calor e os açudes secando...
Caatingas delineiam figuras retorcidas.

Os rios choram seus leitos que se tornaram chão
Em crateras seus corpos se tornando
Carcaças expostas mostra o fim de vidas.

Num último olhar o sertanejo vê da seca a vastidão.

Enrola os trapos e sai, deixando seu amado sertão.


Belém, 21/04/10 – 19h44 
Obra: Borboleta Azul
ANGEL