quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

VERDADE DITA

  


Na curva dos anseios derramados
Trazem à baila frases no vento soltas
Não há doce no fel na taça despejado
Nas palavras que saíram da tua boca.

Sorvi o mel amargo, amargurada.
No coração trazendo tristeza louca
A embotar a ternura germinada
Quedou-se por terra à face treslouca.

Saí a caminhar, o peito arquejante.
Tranquei-me no quarto de dor vestida
A desilusão no coração meu, cingiu.

A soabrir fechadas veredas de antes
Daquele que fingiu amor, saí ferida.
Pois na sua verdade dita, só mentiu.

Belém, 08/10/10 – 21h00
        ANGEL

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