sexta-feira, 5 de julho de 2013

A FLOR


A FLOR

Na morta escrivaninha
Tinha um vaso com flor
De amor um livro tinha
Estava aberto sem pudor.

Pálida flor o vaso continha
Quietinha naquele torpor
De dor o poema retinha
Na escrivaninha sem cor.

O tímido vaso espiava
E aguardava o livro só.
De pó cheio... Amarelava.

O vento pela janela passou
Desfolhou a flor do vaso
E num rasgo, o poema voou... 

Belém, 20/04/2011 – 19h49 - Obra: Entre Versos
ANGEL



Nenhum comentário: