sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

MEUS DEVANEIOS



MEUS DEVANEIOS 

Quando lentamente a madrugada desperta
O desejo em esmaecidas cores, adormecido.
Recomeço a delinear na pálida parede incerta
Reflito, e fito, o teu retrato bem definido.

No quarto a cama, de tua presença... Deserta!
O relógio no criado mudo... Compasso perdido.
Cética, reviro-me nos meus lençóis... Dispersa
Balanço minhas ideias, pensamentos sofridos.

Deixo a água inundar meu corpo e lavar a alma
Retiro gasta lembranças que me fazem sofrer
Enxugo minhas lágrimas incontidas, incalmas...

Há muito o rio da paixão na desilusão secou
Onde havia desejos... Só há um não querer
Não há chama naquela a quem teu amor negou.

Obra: Inspiração
ANGEL




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