EMBOTEI MEU
PRANTO
Pulsante meu coração se fez
O aço, senti, no peito penetrar.
Arrancando o amor que a ti doei
Nas negras palavras jogadas no ar.
Arvoada meu débil canto silenciei
No peito meu que tinha a acalentar
Os carinhos para ti nunca neguei
Não deixei mesmo ferida faltar.
Joguei meu manto no pálido rosto
Embotei meu pranto no que havia
Refiz saída para um novo porto.
Tentei inutilmente não conseguia
Perdia-me pelo amor deposto
Desgosto no querer que jazia.
Belém, 12/05/2011 – 16h47min.
ANGEL
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